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#FILMES: Aranha e Morcego, dois paralelos

Há quase um mês atrás finalmente pude assistir o mais recente filme do Homem-Aranha lançado pela Marvel: Sem Volta para Casa.

As minhas expectativas já estavam balançadas. Durante toda a exibição desse filme, desde o dia de estréia e o último dia nos cinemas, fui bombardeada por spoilers. O que já era esperado, admito. Mas jamais pensei que seria tantos, mas tantos spoilers assim.

Dito isso, aqui vai o aviso: este texto contém vários spoilers.

Pra começar com o spoiler mais óbvio e que com certeza nimguém iria segurar: os três aranhas, de franquias diferentes, juntos no mesmo filme. Pra quem foi ver nos cinemas devia ter surtado. Acho que eu surtaria.

Depois vieram os spoilers do enredo em si e todos eles aumentavam minha curiosidade: como assim cura? Como assim a tia May morre? Como assim Demolidor? Como assim portal? Como assim esquecimento?

Finalmente quando fui ver o bendito filme, a minha frustração, meus amigos, foi avassaladora. Simplesmente o DE-TES-TEI e como diria nossa querida jornalista e crítica de cinema Isabela Boscov: “Eu estava tão entusiasmada pra assistir o filme, eu queria gostar muito dele. Mas eu percebi que estava me esforçando e não estava obtendo nenhum resultado...”. É, é muito ruim.

Poupando detalhes para eu ir logo ao que quero falar: já li fanfics com diálogos bem melhores que as dos vilões desse filme. O que posso dizer que gostei foi de toda interação entre Homem-Aranha (Tom Holland) e do Duende Verde (Willem Dafoe). Sobre esse último tópico, ainda vou voltar nele.

Agora Batman.

Diferentemente de Homem-Aranha, a única coisa que eu não gostei desse filme foi do bendito do Coringa. DE NOVO ESSE PERSONAGEM, EU NÃO AGUENTO MAIS! É muito sério, já não bastasse esse ciclo eterno da DC de ficar presa entre Batmam e Super-Homem, agora TODO FILME DA DC tem que ter um Coringa. Incrível...

Mas fora isso, finalmente pude ver algo que desejava ver na DC há muito tempo: um contraste à Marvel, um verdadeiro oposto. Enquanto a Marvel é cheia de gracinhas e arco-íris (e tenho nada contra essa alegria toda), a DC deveria trazer a versão séria dos personagens adaptados dos quadrinhos. Uma atmosfera tensa, sem muito tempo pra risadinha e extremamente reflexiva. E foi disso que eu mais gostei de The Batman.

Agora, com os dois filmes assistidos e meus sentimentos definidos, posso simplesmente botar minhas teorias na mesa. Não tem nada a ver com crossovers etc. Não.

Na cena em que o Homem-Aranha está JANTANDO o Duende Verde na porrada, o que mais me agradou nessa cena foi o descontrole do personagem principal. O quão doentia era a cabeça do vilão a ponto de deixar completamente insano o rapaz brincalhão e divertido que todos nós conhecemos. Essa cena me deixou verdadeiramente empolgada e eu quis, de verdade, que o filme tivesse sido somente aquela cena. Mas ali me acendeu uma lâmpada: O Homem Aranha é o Batman da Marvel. Um é o paralelo do outro, pelo menos ali nos universos cenematográficos.

Órfãos, criados por pessoas próximas de seus pais, decidem melhorar o mundo com os poderes que acabaram de receber: poderes de uma aranha (?) e muito, muito dinheiro; no caso de Bruce Wayne. Dinheiro é poder, é o que dizem.

A última vez que vi um personagem sair do controle por causa de um maluco completamente fora de si foi em Batman - O Cavaleiro das Trevas. Aquela loucura toda vinda do único Coringa que presta, sempre me deixou incrivelmente arrepiada e ver o Homem-Aranha perdendo o controle da mesma forma que esse Batman, interpretado por Christian Bale, me fez perceber que eu estou cansada dos filmes da Marvel.

Acho que no fim de tudo era disso que eu queria falar: estou cansada da Marvel.

O Homem-Aranha ter se tornado um paralelo de Batman me fez finalmente aceitar que não vale muito a pena ficar empolgada com a Marvel: em algum momento, mais paralelos como esse irão aparecer e um filme que podia ser INCRÍVEL, acaba sendo insuportável de assistir.

E antes que venham me falar que os filmes da DC são péssimos, tipo Esquadrão Suicída, eu digo que sim: antes de Coringa, Esquadrão Suicída e agora o Batman, a DC tem vários e vários filmes ruins. Mas a DC quando decide fazer um filme bom, ela consegue.

Eu podia ficar falando por horas de como cada detalha de The Batman foi perfeito, toda a lógica usada, todo o mistério e todas as cenas de lutas fantásticas. Podia também ficar horas e horas falando o tanto que Homem-Aranha Sem Volta para Casa é ruim. Mas eu perdi o fio da meada e to com sono, vou tomar banho e dormir.

Talvez um dia eu volte no assunto...

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, by Castor

#literatura

#LITERATURA: 12 LIVROS PARA 12 MESES

Comecei o ano de 2022 como muitas pessoas começaram: na merda. Sem perspectiva nenhuma de um futuro bom, decidi que ia fazer o que eu vejo bastante no Twitter: uma lista de leituras para este ano. Aqui estarão livros clássicos da literatura brasileira e outros livros contemporâneos tanto gringos, quanto brasileiros também. Começando com os clássicos:

Quincas Borba, Machado de Assis

Na verdade, na verdade, a minha intenção era ler Memórias Póstumas de Brás Cubas, mas eu revirei a casa inteira e não encontrei esse livro de jeito nenhum, então vai ter que ser Quincas mesmo. Quincas faz parte do mesmo "universo" de Brás Cubas, por isso acho que vai compensar muito bem.

Vidas Secas, Graciliano Ramos

Durante todo período de escola que vivi, sempre diziam que os romances sobre o sertão e a seca são os mais difíceis de ler, não no sentido de compreensão, mas pela a angústia que os autores causam nos leitores, devido as descrições e dramas que ocorrem durante a história. Vidas Secas é um desses livros difíceis de digerir, que já cheguei a ler na escola, mas com pouquíssima atenção...

O Quinze, Rachel de Queiroz

Seguindo a mesma linha difícil como de Vidas Secas, eu lembro que o Quinze conseguia ser mais exaustivo que o outro. Lembro que na escola eu achei o livro chato, mas talvez tenha sido porque ainda não tinha muita noção política e social na época...

Auto da Compadecida, Ariano Suassuna

Sempre achei que esse livro era na verdade um romance que depois foi adaptado para peça e por fim, para cinema. Me enganei e fiquei curiosa para ler a peça para saber de mais detalhes que não foram mostrados nem no filme, nem na série.

Amor de Perdição, Camilo Castelo Branco

Eu sou completamente apaixonada por Orgulho e Preconceito da Jane Austen, achei o título "Amor de Perdição" com uma premissa parecida. A sinopse diz o contrário, mas to nem aí. Esse clássico é um clássico, porém já saímos dos clássicos brasileiros. Este é português.

Com estes 5 clássicos, passo a seguir para os de ficção gringos e brasileiros:

As Crônicas de Marte, George R.R. Martin e Gardner Dozois

George R.R. Martin, caso não esteja lembrando, é o escrito da série Crônicas de Gelo e Fogo, que posteriormente adaptada para a TV no seriado Game Of Thrones. Já Gardnes Dozois eu não conheço tanto. Numa pesquisa rápida descobri que ele morreu em 2018 e que era um grande escritor de Ficção Científica, e também era editor da revista Asimov, onde foi o responsável por dar grande visibilidade a vários autores, como o próprio R.R. Martin. Eu curto ficção científica e é por isso que este livro, As Crônicas de Marte, me chamou bastante atenção.

Ordem Vermelha: Filhos da Degradação, Felipe Castilho

Este livro, eu não lembro ao certo onde eu ouvi falar pela primeira vez, eu só sei que desde essa primeira vez eu quis demais lê-lo. Até que consegui comprar e a partir daí só procrastinei e sequer parei para ler a sinopse. Mas o que me chamou a atenção nele foi os elementos de RPG e que me lembrar um pouco de Senhor dos Anéis. Como eu não consigo de jeito nenhum prestar atenção em Senhor dos Anéis, achei que essa seria uma boa alternativa a ele.

O Demônio na Cidade Branca, Erik Larson

Romance policial recheado de mistérios e ainda por cima, baseado em fatos reais. Eu cheguei a começar a ler este livro, mas parei por pura preguiça. Já me disseram que tem o filme, mas tentarei me conter e focar primeiro no livro.

Os Sete, André Vianco

Este eu também não lembro ao certo onde ouvi falar, mas devido a minha obsseção com vampiros fiquei encantada ao saber que havia um escritor, criando histórias de vampiro no Brasil. Foi aí que decidi comprá-lo. Eu já havia começado a ler, mas devido a estresse da faculdade parei completamente.

Sherlock Holmes, Arthur Conam Doyle

Este livro faz parte de um box de 4 livros no total, todos de Sherlock. Sempre quis saber mais desse personagem e nunca imaginei que ele teria mais contos além de Estudo em Vermelho. Não colocarei os outros volumes na lista, porque não possuo hábito nenhum de leitura e não sei se darei conta nem do primeiro volume...

Drácula, Bram Stoker

Essa lista não tem ordem de leitura, não é porque Quincas Borba está em primeiro que ele vai ser o primeiro a ser lido, por exemplo. Mas de todos os livros citados aqui, o que eu tenho CERTEZA de que será o último é este, Drácula. O livro é extremamente cansativo de ler. E o fato dele ser grande e grosso (igual a minha pika) ele é escrito todo em forma de correspondências e arquivos. Quase um documentário que reúne memórias de uma pessoa, ou de várias pessoas. Eu comecei a ler o livro e a introdução dele, explicando o que Drácula representava para a sociedade da época que ele foi lançado, porque ele é tido como uma história de terror sendo que, convenhamos, Drácula não dá tanto medo assim. Aliás, ele dá medo nenhum! Mas enfim, a introdução me deixou deslumbrada, mas meu Deus do Céu É MUITO DETALHE DESCRITO, páginas e páginas e mais páginas inteiras de descrição de cenários que você precisa batalhar muito para ler tudo isso. Portanto, mesmo já tento começado a ler ele, ele será o último a ser inteiramente lido porque eu não quero lidar com todo esse estresse agora.

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Pronto! Esta é a minha lista, 12 livros para 12 meses do ano. Como bônus, caso eu termine antes do fim do ano, incluo a sequência da saga Crepúsculo Sol da Meia-Noite, que já ouvi falarem que é péssimo, mas quero ler mesmo assim.

Em breve colocarei minhas impressões do primeiro livro que li da lista. Até breve então!